Afinal sempre gostei se seriedade e realismo...
Ao longo dos anos tem-se vindo a notar uma série de modificações na alimentação, quer de adultos, quer de jovens/adolescentes. Nestes últimos a taxa de obessidade (não esquecendo as crianças) subiu em flexa, tendo estes sempre a probabilidade de virem a ser adultos com problemas de peso a mais e de obesidade, consequentemente adultos com problemas de saude.
Por outro lado temos um respeito excessivo à imagem ao pensarmos que talvez ser magra (ou magro) nos traga mais felicidade. Muitas das vezes não magra, mas sim excessivamente magra.
Para melhor percebermos as duas temáticas, faz-se de segida uma breve sintese de cada um dos temas.
Afinal o que são as Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA)?
Todos os problemas de PCA, podem surgir desde a primeia infancia e segundo Gonçalves e Rodrigues (1998) são situações clinicas muito frequentes, que podem evoluir ou não para uma adolescencia com PCA.
Evoluindo ou surgindo na adolescencia estas perturbações surgem pelas excessivas exigencias estéticas da sociedade actual e de um ideal de beleza que não permite qualquer excesso de peso, que podem levar as pessoas a grandes problemas de saude. Na adolescencia, porque é um periodo em que existem inumeras transformações fisicas e psicologicas que a acompanham, e que assumem uma preocupação mais acentuada (Carreteiro, 2003).
Dentro do grupo das perturbações alimentares, consideradas como as situações em que se verifica uma alteração na ingestão de alimentos, a anorexia e a bulimia estão no grupo em termos quantitativos, a quantidade de comida (OMS, 1993).
Afinal o que é a:
Anorexia
· Recusa em ingerir alimentos devida à obsessão pela magreza.
· Distorção da imagem corporal.
Bulimia
· Comportamento inverso à anorexia, logo há uma grande ingestão de alimentos, especialmente caloricos.
· De seguida: provoca-se o vómito, toman-se muitos laxantes, e diuréticos. Jejuns e exercicio excessivo.
Existem inumeras situações e factores desencadeantes das duas situações acima mensionadas, para percebermos se temos um adolescente destes em casa, não chega a informação que podemos ou não saber sobre. Será necessário recorrer a uma ajuda de apoio psicologico, não precionando o jovem a comer, mas sim perceber a perceber que está doente (com uma perturbação do comportamento alimentar), dai a ajuda tão importante de um técnico espaializado na área e de todo um apoio dos pais que passa pela compreensão, respeito, sem pressão e pressas.
Magrinhos, Gordinhos e Assim-assim, mas acima de tudo Saudáveis
Então como e o que é que um jovem deve comer?
O que se come e como se come é hoje aceite como sendo um factor determinate do estado de saude ou doença do individuo. Considerada como ciencia a nutrição procura compreender as relações entre a ingestão de alimentos e o estado de saude do individuo, tendo presente que este é determinado não só pela carencia de certos nutrientes mas também pelo excesso de alguns (FCNAUP, 2003)
De acordo com Santos e Costa (2006) para uma alimentação saudável existem quatro leis que a regulam:
Quantidade – suficiente para as exigências energética - nem de mais nem de menos
Qualidade - fornecer todos os nutrientes necessários - de tudo um pouco
Harmonia - proporção correcta dos nutrientes - equilíbrio
Adequação – cada um é diferente dos outros
Os princípios gerais da alimentação saudável são: variada, fraccionada, culinária saudável.
Como guia temos a nova roda dos alimentos para a escolha alimentar diária. É constituída por sete grupos, e todos eles fazem parte integrante do dia, mas em diferentes porções.
Assim uma alimentação saudável deve incluir diariamente as seguintes porções de alimentos (FCNAUP, 2003):
· Cereais e derivados, tubérculos (arroz, pão, massa, a batata) – 4 a 11
· Hortícolas (couves, alface, tomate, brócolos) – 3 a 5
· Fruta (maça, pêra, laranja) – 3 a 5
· Lacticínios (leite, iogurtes, queijo) – 2 a 3
· Carnes, peixe e ovos – 1,5 a 4,5
· Leguminosas (grãos, feijão, favas) – 1 a 2
· Gorduras e óleos (azeite, óleo, manteiga e natas) – 1 a 3
Tudo isto acompanhado de exercício físico (boas caminhadas), 2l água por dia em média. E de muito pouco a nenhum açúcar, álcool e cafeína.
Bibliografia
Carreteiro (2003). A anorexia: perturbações alimentares. [On-line] Available: http://www.psicologia.com.pt/artigos/imprimir.php?codigo=A0157.
Costa e Santos (2006). Alimentação saudável para os jovens. Apresentação na sessão de sensibilização sobre hábitos alimentares, Rio Maior: CSRM.
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (2003). Guia – Os Alimentos na Roda. Lisboa: Instituto do Consumidor.
Gonçalves e Rodrigues (1998). As perturbações alimentares precoces e a sua avaliação. Analise Psicológica, No 1(XVI), 127-138.
Organização Mundial de Saúde (1993). Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas.
